Sinopse: Para se divertir na eternidade, Osíris, Rá, Hórus e os demais deuses
decidiram jogar um jogo em meio aos mortais, mas o que eles não sabiam
era que com o declínio dos costumes egípcios faria com que eles ficassem
presos no mundo mortal, e pior, sem suas memórias e seus poderes,
dentro de corpos humanos.
Agora, Anúbis encontrou um jovem chamado William, que pode ser o avatar de um deus, e juntos partem em busca de por um fim nisso tudo, mas a única forma de dar um fim nisso é continuar jogando, e as regras do jogo ordenam que se removam as demais peças, até que só reste um deus.
Agora, Anúbis encontrou um jovem chamado William, que pode ser o avatar de um deus, e juntos partem em busca de por um fim nisso tudo, mas a única forma de dar um fim nisso é continuar jogando, e as regras do jogo ordenam que se removam as demais peças, até que só reste um deus.
“Vou
sair para arrumar umas coisinhas, você tem vinte e quatro horas para se
decidir, amanhã às dez da manhã um avião sai para o Egito e você vai me
encontrar nele. Aqui está sua passagem”. Essa eram as últimas palavras de Inpu
antes de sair e deixar William pensando na decisão da sua vida. William se
dirigiu a sacada do seu apartamento e, contemplando a o trânsito nas ruas,
pensou em tudo aquilo que fizera com que seu mundo desabasse em menos de doze
horas.
William
tentou analisar a situação com calma, pensando em tudo friamente. Viu o quanto
se sentia bobo por ter pensado na mínima hipótese de largar toda sua vida para
fugir com um louco que conhecera na noite passada. “Deuses... Bah!” repetia par
si mesmo “Não vou para o meio do nada com aquele maluco que acha ser um deus”.
Foi aí que ele se lembrou da dor
de cabeça e do sonho. O que aquilo queria dizer? O sonho com a fera era tão
real, ainda se lembrava daquele hálito terrível. Seu cérebro então devolveu com
uma explicação lógica, “A dor de cabeça deve ter sido por que bebi rápido e de
estômago vazio e o pesadelo foi por causa da conversa sobre hieróglifos ou
algum filme que vi por esses dias”. Então William decidiu que não sairia para
nada e continuaria vivendo sua vidinha tranquila.
O dia
passou extremamente rápido e William acabou por não fazer nada o dia todo. Ao
cair da tarde ele se sentou em frente ao computador e iniciou uma pesquisa sobre
o Egito. Leu tudo que podia sobre os deuses egípcios, procurou sobre o jogo
senet e tentou ler algumas coisas a respeito de encarnações das divindades
coptas. Um pequeno artigo num site de um desses malucos que acreditam em aliens
falava que Osíris, principal divindade do mundo inferior, já havia encarnado em
diversas personalidades da história, desde Ptolomeu II ao herói Hercúles. Achou
alguns trabalhos de Isaac Newton que diziam a mesma coisa. E por fim encontrou
num fórum de discussão algumas pessoas falarem de anomalias nas pirâmides, algo
como seres super poderosos travando guerras por lá. William achou que já era o
bastante para um dia e acabou por adormecer.
William
seguiu uma estrada sinistra que descia cada vez mais, não havia nem teto, nem paredes,
mas a sensação de claustrofobia continuava. Ele foi seguindo aquela
estrada até encontrar novamente o
cachorro de pelo negro que latiu para ele e saiu correndo, como o esperado.
William desta vez seguiu caminhando atrás do cachorro até encontrar um ser
estranho que não parecia nada com o de antes. Dessa vez, a criatura tinha todo
corpo de leão, mas a cabeça de águia, juntamente com um par de asas. A criatura
olhou irritada para ele e depois se curvou na intenção de abocanha-lo, uma
espécie de clarão vez com que a criatura recuasse, mas num salto ela tentou um
segundo ataque. William rolou pela garganta da fera. Então acordou.
Olhando para o rádio relógio viu que ainda
tinha tempo de pegar o avião com Inpu, mas riu de estar pensando naquilo e
novamente se sentiu um besta por achar que largaria tudo para embarcar numa
busca pela resolução dos mistérios da sua vida. Aquilo vez com que ele de
início paralisasse e saltasse da cama em busca de se arrumar o mais rápido
possível. “ Eu não acredito que estou fazendo isso”.
Alguns
imprevistos fizeram com que William chegasse às dez e meia no portão de
embarque. Então, numa espécie de oração á sua consciência disse que se tivesse
perdido aquele avião, era por que realmente não devia tê-lo pego. Mas ao chegar
ao portão de embarque, viu Inpu que apontando para o relógio e sorrindo disse:
_ Você está atrasado, mas por
sorte o avião também!