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7 de dezembro de 2012

Meu encontro com Jack Frost

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   Em uma das minhas viagens à Irlanda, pude conhecer uma das fadas mais impressionante que conheci (sim, conheci muitas).
  Foi no começo do inverno, a neve ainda não começara a cair, eu estava no meu quarto me preparando para dormir, bom, pelo menos foi o que eu queria, mas o fuso horário estava me deixando maluco e eu não conseguia dormir. Como um bom escritor, fui para minha mesa próxima da janela a fim de rever algumas histórias.
   É aí que a história começa realmente, fiquei distraído até de madrugada e não reparei a temperatura (que já era demasiado baixa) abaixar ainda mais, foi aí que eu vi a janela começando a congelar, olhei bem e vi algo muito estranho, uma  fadinha estava pintando o gelo na minha janela.
   Ao contrário de boa parte das pessoas comuns, eu não pensei estar vendo coisas, sabia que se tratava de Jack Frost. Sem bobear, corri até a janela e tentei mostrar à ele que estava o vendo. Ele se assustou mais eu tentei mostrar que era amigo e queria que ele entrasse, depois de um tempo consegui convencê-lo, foi aí que começou uma bela amizade.
Vale à pena dizer que só consegui vê-lo porque estava na modorra. Quando se vê algum ser mágico pela modorra, o cérebro passa a processar a imagem do indivíduo que antes só se podia ver em sonolência, em suma, só pude vê-lo porque o vi pela primeira vez em estado de sonolência.
   O que todos dizem a respeito de Jack Frost é tudo mentira, a fadinha era do tamanho da minha mão e ainda por cima era tão lindinho que você poderia ficar horas só admirando a beleza dele. Ele era branquinho, e com as vestes azuis como água congelada, carregava um pincel de gelo que em toda sua graça, pintava as janelas com neve (coisas que os adultos dizem ser o frio que congela a umidade da janela).
Sua presença trazia muito frio, mas não era algo que demonstrava maldade na verdade, o frio é bom, uni as pessoas.
Ficamos conversando por pouco tempo, ele tinha que pintar as janelas antes do sol nascer, e eu tinha de dormir. Combinamos então de nos ver no dia seguinte. Logo pela manhã, nos encontramos em uma bela pracinha onde crianças brincavam na neve.
Eu cheguei mais cedo, e esperei meu amigo que veio logo em seguida. Vantagem, podíamos conversar à vontade e ninguém o veria, desvantagem, pensariam que eu sou doido.
   Jack Frost era tão bonzinho, só tinha um defeito, como diz a canção de Natal, ele gostava de beliscar os narizes das crianças. Perguntei a ele por que fazia isso e ele deu somente uma risada e se silenciou, percebi então que tudo era uma travessura de uma Criança. Ouvi dizer uma vez que Papai Noel o proibira de fazer isso, mas preferi deixar as coisas como estavam, do jeito que tinham de ser.
Eu sempre ouvira histórias sobre Jack Frost, mas nenhuma concordava com a outra, em cada uma Jack era totalmente diferente da outra e em todas ele era mal.
Agora eu tinha a oportunidade de perguntar o que eu quisesse para ele.
Jack é mais uma das fadinhas que existem nesse mundo, aparece somente em alguns lugares e com sua magia em forma de frio congela tudo ao seu redor enquanto reveza entre pinturas de gelo nas janelas e beliscões nos narizes de Crianças.
   Por que Jack fazia isso? Ora, ele simplesmente gela ao redor para que as pessoas busquem se esquentar ao redor das lareiras.
O Natal é uma época em que as famílias devem estar reunidas rindo, conversando e sendo simplesmente o que tem que ser, família.
A época que estava acontecendo era época em que a família tinha que estar reunida, a pequena fadinha de nome Jack Frost dava este empurrãozinho, então a mágica tomava conta de tudo, as canções, as brincadeiras, os abraços e os presentes.
   Quando o frio chegar, a neve cair e as janelas começarem a congelar, lembre-se que meu amigo Jack Frost está ali te dando a chance de se esquentar no amor da família.