Em uma
das minhas viagens à Irlanda, pude conhecer uma das fadas mais impressionante
que conheci (sim, conheci muitas).
Foi no começo do inverno,
a neve ainda não começara a cair, eu estava no meu quarto me preparando para
dormir, bom, pelo menos foi o que eu queria, mas o fuso horário estava me
deixando maluco e eu não conseguia dormir. Como um bom escritor, fui para minha
mesa próxima da janela a fim de rever algumas histórias.
É aí
que a história começa realmente, fiquei distraído até de madrugada e não
reparei a temperatura (que já era demasiado baixa) abaixar ainda mais, foi aí
que eu vi a janela começando a congelar, olhei bem e vi algo muito estranho,
uma fadinha estava pintando o gelo na minha janela.
Ao
contrário de boa parte das pessoas comuns, eu não pensei estar vendo coisas,
sabia que se tratava de Jack Frost. Sem bobear, corri até a janela e tentei
mostrar à ele que estava o vendo. Ele se assustou mais eu tentei mostrar que
era amigo e queria que ele entrasse, depois de um tempo consegui convencê-lo,
foi aí que começou uma bela amizade.
Vale à pena dizer que só consegui
vê-lo porque estava na modorra. Quando se vê algum ser mágico pela modorra, o
cérebro passa a processar a imagem do indivíduo que antes só se podia ver em
sonolência, em suma, só pude vê-lo porque o vi pela primeira vez em estado de
sonolência.
O que
todos dizem a respeito de Jack Frost é tudo mentira, a fadinha era do tamanho
da minha mão e ainda por cima era tão lindinho que você poderia ficar horas só
admirando a beleza dele. Ele era branquinho, e com as vestes azuis como água
congelada, carregava um pincel de gelo que em toda sua graça, pintava as
janelas com neve (coisas que os adultos dizem ser o frio que congela a umidade
da janela).
Sua presença trazia muito frio,
mas não era algo que demonstrava maldade na verdade, o frio é bom, uni as
pessoas.
Ficamos conversando por pouco
tempo, ele tinha que pintar as janelas antes do sol nascer, e eu tinha de
dormir. Combinamos então de nos ver no dia seguinte. Logo pela manhã, nos
encontramos em uma bela pracinha onde crianças brincavam na neve.
Eu cheguei mais cedo, e esperei
meu amigo que veio logo em seguida. Vantagem, podíamos conversar à vontade e
ninguém o veria, desvantagem, pensariam que eu sou doido.
Jack
Frost era tão bonzinho, só tinha um defeito, como diz a canção de Natal, ele
gostava de beliscar os narizes das crianças. Perguntei a ele por que fazia isso
e ele deu somente uma risada e se silenciou, percebi então que tudo era uma
travessura de uma Criança. Ouvi dizer uma vez que Papai Noel o proibira de
fazer isso, mas preferi deixar as coisas como estavam, do jeito que tinham de
ser.
Eu sempre ouvira histórias sobre
Jack Frost, mas nenhuma concordava com a outra, em cada uma Jack era totalmente
diferente da outra e em todas ele era mal.
Agora eu tinha a oportunidade de
perguntar o que eu quisesse para ele.
Jack é mais uma das fadinhas que
existem nesse mundo, aparece somente em alguns lugares e com sua magia em forma
de frio congela tudo ao seu redor enquanto reveza entre pinturas de gelo nas
janelas e beliscões nos narizes de Crianças.
Por
que Jack fazia isso? Ora, ele simplesmente gela ao redor para que as pessoas
busquem se esquentar ao redor das lareiras.
O Natal é uma época em que as
famílias devem estar reunidas rindo, conversando e sendo simplesmente o que tem
que ser, família.
A época que estava acontecendo
era época em que a família tinha que estar reunida, a pequena fadinha de nome
Jack Frost dava este empurrãozinho, então a mágica tomava conta de tudo, as
canções, as brincadeiras, os abraços e os presentes.
Quando o frio chegar, a neve cair e as
janelas começarem a congelar, lembre-se que meu amigo Jack Frost está ali te
dando a chance de se esquentar no amor da família.